Na última sexta-feira (11/4), foi lançado oficialmente o projeto Jovens Defensores Populares, uma iniciativa que visa formar mil jovens de comunidades e territórios populares em todo o Brasil para atuarem na defesa de direitos e na promoção da cidadania. O evento aconteceu no Campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), marcando o início do primeiro módulo da formação com jovens do estado do Rio.
O projeto é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Acesso à Justiça (Saju), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) e a Fiocruz, com execução da Fiotec. A ação se concentra nos municípios contemplados pelo Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), abrangendo o Distrito Federal e os estados do Pará, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.
Com foco na promoção dos direitos humanos e na inclusão social, a iniciativa busca fortalecer o engajamento cívico-político da juventude, por meio da formação em temas como políticas públicas, pesquisa social, diagnóstico territorial e ação direta em comunidades. Jovens de 18 a 29 anos, prioritariamente de favelas, periferias e comunidades tradicionais, receberão uma bolsa mensal de R$ 500 para participar da formação.
Durante o lançamento, a gestora de Pessoas da Fiotec, Raquel Raad, destacou o alinhamento do projeto com os valores da fundação: “a Fiotec, dentro dos seus valores, abarca projetos de cunho social, estando diretamente ligada à diversidade e inclusão, especialmente este que é voltado à formação de jovens de comunidades. Incentivamos que eles sejam agentes de mudança no seu território, promovendo a cidadania através do conhecimento em direitos humanos”.
A Fiotec atua na execução administrativa do projeto, viabilizando os recursos e garantindo o cumprimento das metas definidas: “o projeto está em execução. Somos a parte que orienta e administra o recurso, dentro do que o Manual de Procedimentos (Fiotec/Fiocruz) permite. A área de Execução de Projetos da Fiotec tem como principal objetivo viabilizar todas as demandas necessárias para a realização do projeto. Nessa fase, executaremos o plano de trabalho respeitando escopo, orçamento, prazo, premissas e restrições exigidos pelos agentes financiadores, garantindo que os resultados dos projetos sejam alcançados”, explicou Andreia Rios, analista de Projetos da Fiotec.
Representando a Fiocruz, o diretor executivo Juliano Lima enfatizou o alinhamento da iniciativa com os princípios da instituição: “a Fiocruz está participando com muito entusiasmo desse projeto de formação de jovens defensores populares, junto ao Ministério da Justiça, em virtude da defesa que a Fiocruz faz da saúde como direito universal e a sua construção a partir da articulação de diversas políticas públicas que impactam sobre o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas. E esse projeto tem tudo a ver com essa perspectiva focada nos jovens, que são também uma prioridade na atuação da Fundação Oswaldo Cruz”.
O evento contou ainda com uma apresentação do grupo de slam e batalha de poesia Nós da Rua e com a primeira aula das turmas do Rio de Janeiro. A formação oferecida aos jovens contempla conteúdos sobre direitos civis, políticos, sociais, econômicos, culturais e ambientais, além de práticas de educação popular, artivismo e incidência política.